4 dicas de sustentabilidade para as empresas da Região Autónoma da Madeira
Atualmente, a Região Autónoma da Madeira está a desenvolver o processo de certificação como destino turístico sustentável pela entidade Eartcheck, tendo alcançado em novembro de 2022 a primeira meta deste processo: o selo de bronze, que simboliza o cumprimento dos indicadores qualitativos e quantitativos avaliados por esta entidade.
A sustentabilidade é um tema que apela à consciencialização e, consequentemente, ao desenvolvimento de boas práticas nas empresas, nomeadamente, na gestão das suas atividades, de modo que os modelos de negócio e as estratégias adotadas tornem as corporações mais sustentáveis e proporcionem o bem-estar do local onde se encontram afixadas.
Neste artigo são mencionadas 4 boas práticas de sustentabilidade que podem ser adotadas pelas empresas da região.
1. Meça e faça relatórios do consumo de energia e das emissões da sua empresa.
Sabia que a nova taxionomia da UE vai impor às grandes empresas relatórios de sustentabilidade e que condicionarão o acesso a fundos comunitários?
Torna-se imperativo para as organizações (públicas ou privadas) monitorizar e comunicar todos os indicadores de sustentabilidade, como: o consumo de energia, água e produção de resíduos. Assim, torna-se possível perceber a evolução das empresas e a forma como contribuem para a redução da pegada carbónica.
Deste modo, os indicadores referidos podem ser apresentados sob a forma de dashboards ou relatórios de sustentabilidade com objetivo de partilhar os resultados das medidas implementadas com: a comunidade local, turistas e stakeholders.
2. Compre produtos com rótulo Fair Trade
Conhece o modelo FAIR TRADE e os produtos que abrange?
O FAIR TRADE é um modelo comercial justo com preocupações humanas, económicas, ambientais e sustentáveis, respeitando o trabalho, o meio ambiente e a forma como os recursos naturais são explorados.
Neste contexto, o rótulo FAIR TRADE significa que o produto foi criado com base em padrões produtivos e comerciais responsáveis, onde dão a oportunidade de afirmação e de desenvolvimento a pequenos produtores.
Alguns dos produtos que fazem parte do comércio justo são: chá, café, arroz, mel, vegetais e até mesmo produtos manufaturados como bolas de futebol e bordados.
3. Adquira produtos com rótulos EUECOLABEL
O que é o EUCOLABEL?
O EUCOLABEL – sistema de Rótulo Ecológico da União Europeia – é uma ferramenta voluntária que procura reduzir o impacto negativo da produção, no ambiente, na saúde e nos recursos naturais. O objetivo deste sistema consiste em incentivar o consumo destes produtos de alto desempenho que respondem aos requisitos estabelecidos pelos estados-membros.
Em baixo, referimos alguns dos rótulos e o seu significado:
FSC (forest stewardship council, em português, conselho de gestão florestal) – garante que a madeira utilizada para a produção de papel e outros bens não contribuam para a destruição ecossistemas.
MSC (marine stewardship council, em português, conselho de gestão marinha) – medida científica que pretende garantir que o peixe capturado é proveniente de pesca sustentável.
Rainforest Alliance Certified – é uma garantia de que a produção do produto não contribuí para a danificação das florestas e dos cursos de água.
Tex Standard 100 – um selo de qualidade a produtos têxteis que não contêm substâncias nocivas.
4. Colabore com os fornecedores locais
Celebrar contratos com os fornecedores locais é uma forma de manter a sustentabilidade, de proporcionar relações de longo-prazo com base na confiança entre todos os atores económicos.
A ligação entre os negócios locais consiste em relações win-win na medida em que se torna possível para as empresas reduzir os custos e as emissões de carbono associadas ao transporte. Além disso, torna-se possível para os estabelecimentos possuir frutas frescas, contribuindo ao mesmo tempo para a dinamização dos negócios envolvidos. Tornar um destino turístico sustentável, com base na adoção de práticas suportáveis, é uma forma de contribuir para o crescimento do território, de permitir às empresas possuírem uma maior rentabilidade financeira, destacando-se das outras organizações públicas ou privadas do mercado e, com isso, atraírem mais clientes e novos parceiros de negócio.
Foto: Nelson Gonçalves